quarta-feira, 4 de abril de 2012

IRACEMA | Resenha

IRACEMA "A virgem dos lábios de mel"

José Martiniano de Alencar, nascido na cidade de Messejana (Ceará), em 01 de maio de 1829, foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro. Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Filho do senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar; Morreu em 12 de dezembro de 1877, aos 48 anos. Entre suas obras mais conhecidas, está "Iracema".

Filha de Araquém e irmã de Caubi, Iracema, a virgem dos lábios de mel, guarda o segredo da tribo Tabajara, o segredo de Jurema (Uma planta que dá força e poder). E este segredo deveria ser mantido, e para isso, Iracema não poderia se envolver com homens que não fossem de sua tribo, que por sua vez, vivia em conflitos com a tribo dos Pitiguaras.

Eis que, surge Martim, um estrangeiro colonizador, que vai a caça com seu amigo Poti (guerreiro dos Pitiguaras). O homem branco perde-se na mata, encontrando assim, com Iracema, que assustada com o que vira o acerta com uma flecha, arrependendo-se logo, Iracema socorre o estrangeiro e o leva para a cabana de seu pai, onde trata de suas dores. Já à noite, sozinho na cabana, Martim decide partir, mas a frente viu-se Iracema, que triste, não entendia o motivo pelo qual ele fugia, o estrangeiro lhe pediu desculpas, e a índia o pediu que permanecesse e esperasse a chegada de seu irmão Caubi ao amanhecer. O guerreiro branco atende aos pedidos de Iracema e volta à cabana.

A partir daí, Iracema vive encontros e desencontros com Martim, doando-se por completo á ele, enquanto o mesmo tem o coração dividido entre a virgem dos lábios de mel, e a mulher que deixou em Portugal. A maior prova de amor que Iracema faz, é quebrar o segredo da tribo, e ter relação com Martim, consequentemente engravidando, e sofrendo durante a gestação. Sem condições de cuidar de seu filho Moacir (nascido da dor), Iracema o entrega á Martim, que voltava da guerra, e logo em seguida a índia morre. Martim a enterra aos pés do coqueiro que mais gostava, e com isso, vai embora com seu filho, voltando ao Brasil quatro anos depois.

A obra é interessante, aborda a história do colonizador e do colonizado, os conflitos entre tribos indígenas, e o nascimento do primeiro cearense, Moacir, cujo significado é “nascido da dor”.  A palavra Iracema é um anagrama de América, pois a história da América nasce em Iracema.

Uma obra um tanto quanto profunda, forte, e detalhista, onde o amor ultrapassa as barreiras, fazendo com que a índia abandonasse sua tribo para viver um “amor proibido”, sofrendo graves consequências.  No meu ponto de vista, “Iracema” é um livro que a principio apresenta uma linguagem complexa, mas ao passar dos capítulos, acostumamos com a mesma.  É um livro de muitos ensinamentos, desde a linguagem indígena, que pra mim, antes era desconhecida, até mesmo, como da cabeça do ser humano, como um homem querer ter mais poder do que outro. Vale a pena ler, embora, não tenha concordado com algumas atitudes de Iracema, que por sua vez, era muito inconsequente, e até mesmo inocente. Com este livro, podemos conhecer as características do romantismo.

2 comentários:

  1. Muito bom, Natália!
    Tua resenha está bem escrita e teu blog montado.
    Agora é só ir postando suas ideias, ok/
    Bjs

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